Descrição

Inspirada na épica narrativa de “Faroeste Caboclo”, do Legião Urbana, a faixa final da obra é um rock and roll clássico e vibrante. “Em seu formato estendido, ela sintetiza, de forma visceral, toda a jornada da protagonista, do início ao fim do livro”, explica Guido. É a trilha sonora completa de sua trajetória, executada com a energia e o espírito do rock melódico, animado, dançante e de ritmo direto, que exalta a alegria e a felicidade, coroando a história com um final feliz e contagiante.

Mais do que um complemento literário, a trilha sonora é um espelho emocional da jornada de Ana Maria e um convite à introspecção. “A arte tem um papel terapêutico poderoso. Quando a música se conecta à história, ela toca o leitor em lugares onde as palavras sozinhas não chegam”, reflete Guido. O livro “Onde foi parar minha alegria?” está em pré-venda e as músicas contam com as participações de Luciano Bilu e Alessandro Kramer, produção musical de Guido Boabaid, tecladista Curt Balsini Hübbe, mixagem de Kiko Zambianchi e remasterização de Carlos Tilha, vencedor de dois Grammys Latino.

Música:  Guido Boabaid May/Ida Fretta
Letra: Guido Boabaid May
Banda: Dr. BM

Letra

Na Ilha de Florianópolis,
na Lagoa da Conceição
É onde mora Ana Maria
com seus pais e seu irmão.
Muito prazer, satisfação em conhecer.

Simpática, inteligente,
linda de rosto e de coração,
Filha do doutor Prudente
e namorada do Digão,
Senhora Cândida, a mãe, e Caio, seu irmão.

Segurança, autoconfiança,
reconhecimento e gratificação
É tudo que Ana Maria
da vida conhecera até então.
Só não sabia muito bem o que escolher
para a profissão.

De repente, lentamente,
algo começou a acontecer.
Sentia-se bem diferente
sem que entendesse o porquê.
Ficou com muito medo
sem saber o que fazer.

Tristeza e melancolia,
dormir bem não conseguia.
Perdeu sua alegria de viver
e controle das emoções.
Não contou pra ninguém,
só pensou em esconder.

Apesar de todo o seu esforço
não conseguiu aguentar.
Tomou balinhas e docinhos
e cocaína começou a cheirar.
Até que em uma acidente,
ao seu lado, Marcelinho morreu.

Culpa e sofrimento,
isolamento, um martírio
até em sucídio ela chegou a pensar
Sua mãe percebeu
e ajuda foi procurar.

Foram a um psiquiatra
que lhe disse estar com depressão.
Precisava de tratamento,
psicoterapia e medicação.
Doutor Esperança explicou: não era caso de internação.

Passaram-se algumas semanas
e ela começou a melhorar.
Desfez-se a névoa da tristeza
e o sol da alegria voltou a brilhar.
Recomeçou a sorrir e a beleza contemplar.

Retornou às aulas de teatro
e à faculdade de direito.
Conheceu Sr. Roberto Brilhante
de quem ficou amiga num instante.
Autoconhecimento e crescimento interior

É o que se ganhava com a psicanálise
e com o seu esforço pessoal.
A sua vida enriquecia
com um sabor sem igual.
Incrementou seu talento de forma natural.

Situou-se no universo cósmico
e também no interior.
Conscientizou-se do seu corpo,
de sua natureza animal.
O ar que respirava jamais teve tal valor.

Para um concurso de teatro,
professor Celso classificou
A peça em que a Ana Maria,
atriz principal, ela seria.
“Os Segredos da Vida” em São Paulo foi encenar.

Melhor peça, melhor atriz,
melhor roteiro e direção.
Que maravilha, que sensação,
tudo de bom, o que ela sempre quis.
Foi convidada a ser atriz de televisão.

Então, para sua surpresa,
sentiu a ansiedade, hesitação.
Mergulhou num mar de incertezas
e não disse sim nem não.
Mas não se apressou, se deu um tempo pra reflexão.

Quando percebeu que estava preparada,
a sua angústia teve um fim.
A resposta foi conquistada naturalmente foi um sim.
Ana Maria chorou aliviada, respirou.

Foi como uma chuva de fogos,
um arco-íris furta cor.
Como se a energia do Cosmos
brotasse do seu interior.
E quanto a Ana Maria, Ana Maria está feliz.
E quanto a Ana Maria, Ana Maria está feliz.